Ele era a “voz que clama no deserto”. (João 1.23). O percussor de Jesus. Aquele que preparou o caminho para a chegada do Messias. Se fosse hoje, nestes tempos de censura à liberdade de expressão, o Batista certamente teria contra si um inquérito no STF para apurar o conteúdo “ofensivo” dos seus discursos. Também, pudera. Ele não nunca foi um pregador estilo “politicamente correto”, daquele que economizam no dito e deixa de lado o não dito. João Batista não agradava as elites religiosas judaicas, muito menos compactuava com o pecado dos que estavam na eminência.
Se fosse hoje, João Batista receberiam nas suas redes sociais uma enxurrada de comentários jocosos. Alguém não suportaria tê-lo no grupo do WhatsApp. Talvez esta plataforma do Facebook já tinha bloqueado sua página assim que ele ousou a confrontar os poderosos. Em sua preleção, conclamava a todos ao arrependimento, tinha lá seus seguidores e os batizava. No entanto, ele não proclamou inverdades. E não divulgava fake news. Ao ver Jesus, divulgou seu “twitter” mais famoso. “Eis aí o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (Jo 1.29).
De uma humildade tamanha que não ousou ser maior do que o Cristo. “Não sou digno de desatar as correias de suas sandálias” Não teve privilégios. Foi mártir. Sua singularidade estava aí: uma profunda humildade, virtude rara, que ajuda a combater a prepotência e arrogância. Não. Não bloqueiem o Batista, sua mensagem ainda hoje reverbera.