No centro de Jerusalém, ao lado de um cemitério muçulmano, uma praça leva o nome do brasileiro Oswaldo Arranha. (1894 a 1960). Ele é homenageado por israelenses porque presidiu, em 1947, uma sessão especial da Assembleia-Geral da, evento que levou à criação do Estado de Israel, em 1948. O brasileiro é considerado fundamental para a decisão da ONU. Naquele dia, pelo rádio o mundo tomou conhecimento que nascia o estado judeu.
Na campanha eleitoral do ano passado, o candidato Jair Bolsonaro disse que, assim como os EUA, iria transferir a embaixada do Brasil para a cidade de Jerusalém. Na ebulição dos dias de campanha, os evangélicos receberam com simpatia tal iniciativa, que foi tomada como prova da disposição do futuro governo no resgate histórico do alinhamento entre Brasil e Israel, e também pelo profundo respeito à soberania israelense tão fustigada pelo governo do PT, nitidamente defensor da causa palestina e dos ataques do grupo terrorista Hamas.
A posição e predisposição dos evangélicos, em assuntos ligados a Israel, vai muito mais além que condicionamentos políticos. Sua origem está arraigada no respeito da condição de Israel como povo eleito por Deus. De um lado o monoteísmo e do outro o soerguimento dos judeus após o processo aniquilação do holocausto, da reconstrução de suas terras e reunião de milhares de judeus à terra santa, após centenas de anos espelhados pelo mundo. Israel para os evangélicos é como um relógio que aponta a intervenção divina na história da humanidade. É como um reencontro às raízes da revelação bíblica na história dos judeus, da preservação de um povo em meio a perseguição das nações pagãs e do fiel cumprimento da palavra profética, tal como é descrito no livro do profeta Isaías (66:8).
No embate da decisão do presidente Bolsonaro não faltaram críticos. Setores da esquerda, ainda inconformada, dizem que o reconhecimento é puro servilismo à decisão dos EUA. Contudo, o Brasil estabeleceu, há mais de 70 anos, um alinhamento pró Israel e o restabelecimento de laços de maior de cooperação internacional entre os dois países – o que figura como progresso que vai além do campo político. Israel tem tecnologia, avanços na biotecnologia, agricultura e outros campos do conhecimento. O que os evangélicos têm a ver com tal postura? Tem e muito. É o que diz o rabino Michel Schlesinger, da Congregação Israelita Paulista. “ a chave para entender a aproximação é a “conexão profunda com Israel”. “Os evangélicos reconhecem a legitimidade da soberania israelense sobre a terra prometida, o que faz com que possa existir uma agenda comum. “Sob a perspectiva das Escrituras, Jerusalém é terra sagrada para judeus e cristãos. Não por acaso os evangélicos apoiaram o movimento sionista desde a criação de Israel, à guerra com vizinhos árabes em 1967.
Portanto, há posição contrárias, sim, mas não há razões para negar que Brasil e Israel possuem aspectos sociais, econômicos e religiosos comuns. Tal agenda fortalece-se com a transferência da embaixada. Negar isto é desconhecer parte importante da história e principalmente da história revelada à humanidade. Se alguém quiser conhecer mais basta se tornar leitor da Bíblia. Fica a dica.
Eu entendo que seja alinhamento histórico, a Propria Bíblia nos diz: Abençoarei os que te abençoarem e amaldeçoarei os que te amaldiçoarem. Gn. 12 promessa de Deus À Abrão (na Epoco depois Abraão) e outros fatores já elavancandos nesse artigo.