Nos primeiros seis meses de 2019, o custo da cesta básica em Natal registrou variação de 16,36%. O percentual corresponde ao segundo maior aumento entre as capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior variação foi em Vitória (20,20%) e a terceira com Recife (16,34%). A menor taxa foi registrada em Campo Grande (1,29%).
Restringindo a base comparativa para junho, os preços dos produtos básicos da alimentação tiveram queda de 2,17% em Natal. O conjunto dos alimentos custou, no mês passado, R$ 397,24. Entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, Natal ocupou a quarta posição entres as cestas mais baratas no mês em referência. Em 12 meses, a variação acumulada foi de 13,14%.
Oito produtos apresentaram queda, entre maio e junho de 2019: feijão carioquinha (-14,76%), banana (-6,17%), tomate (-3,41%), óleo de soja (-1,30%), manteiga (-0,64%), farinha de mandioca (-0,47%), açúcar refinado (-0,42%) e pão francês (-0,21%). As altas foram registradas nos demais produtos: leite integral longa vida (3,85%), café em pó (0,36%), arroz agulhinha (0,27%) e carne bovina de primeira (0,08%).
Em 12 meses, oito produtos acumularam alta: tomate (66,75%), feijão carioquinha (55,68%), arroz agulhinha (13,43%), açúcar refinado (12,98%), pão francês (11,63%), manteiga (4,48%), carne bovina de primeira (3,48%) e óleo de soja (1,33%). As taxas acumuladas foram negativas para os demais produtos farinha de mandioca (-18,41%), banana (-13,30%), leite integral longa vida (-4,30%) e café em pó (-3,11%).
O trabalhador natalense cuja remuneração equivale ao salário mínimo necessitou cumprir jornada de trabalho de 87 horas e 34 minutos, em junho de 2019, para comprar a cesta. Em maio, o tempo necessário foi de 89 horas e 31 minutos. Já em junho de 2018, a jornada média era de 80 horas e 58 minutos.
Em junho de 2019, o custo da cesta em Natal comprometeu 43,26% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários), percentual menor que o de maio (44,23%). Em junho de 2018, equivalia a 40,00%.
Brasil
Em junho de 2019, o custo do conjunto de alimentos essenciais diminuiu em 10 capitais e aumentou em outras sete, conforme mostra resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese. As quedas mais expressivas ocorreram em Brasília (-6,65%), Aracaju (-6,14%) e Recife (-5,18%). Já as maiores altas foram registradas em Florianópolis (1,44%), Rio de Janeiro (1,16%), Belo Horizonte (1,05%) e Campo Grande (1,03%).
A capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 501,68), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 498,67) e por Porto Alegre (R$ 498,41). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 383,09) e Salvador (R$ 384,76).
Com base na cesta mais cara que, em junho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em junho de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.214,62, ou 4,22 vezes o mínimo de R$ 998,00.