Lá se vão quatro anos. Quem usa as vias de acesso ao interior do RN sabe o que é padecer com estradas mau sinalizadas, recapeamento sofrido, visibilidade zero pelo mato que avança ainda mais nestes tempos de inverso. A sensação é de abandono principalmente diante da falta de uma política de planejamento que cuide rotineiramente das estradas do RN.
Prefeitos que não conseguem pressionar o governo do estado estão há anos sem pleitos atendidos. E o que é pior não se tem a correta destinação dos recursos que favoreça o repasse de verbas no que diz respeito a malha urbana.
Uma outra situação, que traz o dificuldades imensa para o governo do RN na elaboração de um discurso convincente neste ano eleitoral é o índice de violência. Violência na capital e nos municípios. Impunidade, roubos, assaltos, arrombamentos fazem parte do cenário do RN, estado que apresenta estatísticas de insegurança pública avassaladoras. O governo não deu resposta à população, a política de pé no chão, do governo PT é uma política de assistencial. O governo faz alarde na diminuição do índice de assassinados em 2021, mas não cita que o cenário pandêmico tem influência direta na coleta de dados. Na realidade, o feminicídio cresce nos últimos anos e registra em 2.335 casos no estado, em 2022. O tráfico de drogas é um outro problema que faz o RN conviver com clima de tensão constante, sem falar na atuação do crime organizado e nas facções. O governo não elaborou um plano de contenção, muito menos ações pontuais e preventivas. O soldo das forças de segurança é tema de pelos menos quatro reivindicações que culminaram em greve e escassez de efetivo nos últimos dois anos. A ausência do Estado leva o cidadão a desconfiança, indefesos, motoristas de aplicativos, proprietários de casas de veraneio, turistas passam a vítima e casos e mais casos fazem parte das ocorrências policiais. O governo do PT tentará prestar contas à população. O marketing oficial faz retórica e não consegue esconder a realidade. Realidade percebida pela população indefesa, que ao menos, poderá avaliar nas urnas se deve continuar com esse estado de coisa. Uma população entregue a própria sorte.