Os vídeos eram de uma barbaridade e selvageria chocantes. Durante mais de 4 anos o mundo presenciou a face cruel do fundamentalismo islâmico. Desde o surgimento do autodenominado califado islâmico, milhares de cristãos e outras minorias passaram a ser perseguidos, brutalmente assassinados, escorraçados de suas residências, agredidos em sua dignidade, humilhados em sua fé, em regiões que passam a ser conquistadas através da imposição do radicalismo de fanáticos religiosos.
Neste 23 de março, as forças Sírias ajudadas pela inteligência americana tomaram a única aldeia que ainda estava sob domínico dos Jihadistas do grupo. A libertação final se deu através de uma operação militar de quatro anos para expulsar o Estado Islâmico (EI) de seu território no Iraque e na Síria.
A teocracia armada, que outrora, em seu apogeu dominou um território do tamanho da Grã – bretanha e controlou a vida de 12 milhões de pessoas. Quando atingiu seu ápice, o EI tinha sob domínio grandes centros populacionais, incluindo Mossul, a segunda maior cidade do Iraque. Seu domínio se estendia para o leste até as planícies de Nínive, no Iraque, uma área mencionada na Bíblia, onde o grupo usava as muralhas de igrejas antigas para a prática de alvos. Além de apreender terras férteis e reservas de petróleo. O dinheiro dessa economia ajudava o grupo a recrutar seguidores em várias partes do mundo. Mas a principal investida era contra os cristãos. Comunidades inteiras tiveram suas igrejas queimadas. Outros foram perseguidos até a morte. Os que conseguiram sobreviver buscavam ajuda humanitária nos campos de exilados da ONU.
O Exército Islâmico usou das plataformas digitais para recrutar seguidores e instalam o terro na comunidade. O grupo perpetrou inúmeras mortes cruéis e depois fazia apologia à violência. Em vídeos postados na Internet centenas de cristão foram mortos por não negar a fé. Segundo autoridades, para os cristãos do Oriente Médio o momento é de alivio, vez que há esperança que os organismos internacionais estejam mais atentos quando surgirem esse tipo de radicalismo e que se previna no intuito de poupar a vida de cristãos que são minorias nos países do Oriente.
Por Silvio Menezes