Impor questões de gênero em escola pública é uma indignidade ao ser humano em processo de educação e uma intromissão de terceiros no diálogo da família, escola e estado. Muito embora qualquer postura mais conservadora sobre o tema logo sofra tentativa de ser desqualificada por ativistas da esquerda, o posicionamento da igreja cristã deve ser pontual e necessário. Afinal, as crianças tornam-se alvo de pseudo educadores. A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, ao publicar em outra rede social um trecho de um livro didático de uma escola de São Paulo que falava sobre identidade de gênero e, por isso, foi alvo de críticas nessas plataformas comunicativas. O presidente Bolsonaro, por sua vez, tem mantido posição contrária desde da campanha eleitoral e afirmado que a Escola deve observar os princípios cristãos.
E o exemplo maior dessa concepção desqualificadora da família tradicional e que chega através de decisão de tribunais e julgados contrários a valores e princípios bíblicos, culminando com permissão a uma criança de 9 anos de mudar o seu nome e prenome da certidão de nascimento, proferida por uma juíza em Paraty – Rio de Janeiro na ultima semana. Desse movimento também sugiram críticas ao prefeito Marcelo Crivela, taxando-o de querer impor a censura a material e livros distribuídos em Bienal.
Na realidade, há por parte de centenas de professores e gestores escolares uma tentativa de atuar como desconstrutores de perfis conservadores e destruir a moral cristã. Para tanto, querem a sociedade sem diferenças de sexo e esvaziada da base antropológica da família.
Dai que essa famigerada ideologia leva a projetos educativos e diretrizes legislativas que promovem uma identidade pessoal e uma intimidade afetiva radicalmente desvinculadas da diversidade biológica entre homem e mulher. O objetivo é criar um “sistema educativo”, pedagógico, dentro do qual um dos passos seja permitir que a pessoa não se sinta reconhecida na sua natureza; que simplesmente, com o passar do tempo, ela mesma possa descobrir qual é o seu estado natural e, assim mesmo, “decidir” se é homem ou mulher.
Por conseguinte, essa suposta decisão vem acompanhada de um aniquilamento da pessoa, substituindo-a por alguém sem identidade. Reside na implantação de uma escola que deforma a percepção da distinção de gênero. Algumas escolas já adotam abolir o dia das mães ou dia do pais a fim “agradar” aos adeptos de movimentos como GLBT e outros. Em contraste a tal ideologia, as Escrituras asseveram que o Criador, ao formar o homem e a mulher, declarou solenemente: “deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). Portanto, “biblicamente a orientação e o desejo sexual estão direta e intrinsecamente relacionados às características físicas (sexo masculino e feminino) do ser humano e não com o construto cultural da sociedade”, com bem acentua o pastor e teólogo Douglas Batista.